domingo, outubro 25, 2009

Resolvi falar sobre um livro hoje.


No momento, é sobre isso que eu penso, e sobre isso que estou lendo. Livro de Markus Zusak, que fala sobre a Liesel Meminger,A menina que roubava livros. Uma história triste e dramática,mais linda e super criativa. Vale a pena ler. Bom,resumindo..

Entre 1939 e 1943,Liesel Meninger encontrou a morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada,decidisse nos contar a história. História que,nas palavras dirigidas ao leitor pela ceifadora de almas no ínicio de A menina que roubava livros, " é uma dentre a pequena legião que carrego,cada qual extraordinária por si só. Cada qual uma tentativa - um tentativa que é um salto gigantesco - de me provar que você e sua existência humana valem a pena ".

Essa mesma conclusão nunca foi fácil para Liesel. Desde o ínicio de sua vida na Rua Himmel,numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique,ela precisou achar forams de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann,um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa,trazia escondido na mala um livro,O manual de coveiro. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes.

E foram estes livros que nortearam a vida Liesel naquele tempo,quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra,dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto da sua própria vida,sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável,e o Max Vandenburg,o judeu do porão,o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar.

Hà outros personagens fundamentais na história de Liesel,como Rudy Steiner,seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve,ou a mulher do prefeito,sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Alguns apenas passam por sua vida,outros acompanham até que não lhes seja mais possível,outros estão mais perto do que parecem. Mas só quem está a seu lado por todas as quase 500 páginas de A menina que roubava livros,só quem testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida, salva diariamente pelas palavras,é a nossa narradora. Um dia todos irão conhecê-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.

Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler.

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